ATENÇÃO! Metsul reforça alerta para grave risco de inundações no sul do Brasil.

Como já choveu muito e os indicativos são de que vai chover muito mais no estado, inevitavelmente haverá cheias de rios e enchentes.

ATENÇÃO! Metsul reforça alerta para grave risco de inundações no sul do Brasil.
FOTO: SILVIO AVILA/AFP/METSUL METEOROLOGIA/ARQUIVO

   A MetSul Meteorologia reforça o seu alerta sobre um cenário de grave risco hidrológico e meteorológico no Rio Grande do Sul com chuva excessiva a extrema e uma muito alta probabilidade de cheias de rios e enchentes no estado neste fim de abril e, em especial, na primeira semana de maio. Uma massa de ar excepcionalmente quente sobre o Brasil vai se intensificar sobre o Centro do país nesta semana sob um padrão de bloqueio atmosférico. Ao mesmo tempo, ar mais frio vai estar atuando em vários dias sobre a Argentina, gerando um enorme contraste térmico nas latitudes médias do continente.

   Uma vez que o Rio Grande do Sul estará na zona de transição entre as duas massas de ar, a quente e a fria, a instabilidade será frequente com expectativa de muita chuva. Ora ar mais frio de Sul avançará para o estado, ora ar mais quente de Norte ingressará, e esta variação constante dia a dia gerará sucessivas áreas de instabilidade com precipitação abundante. 

O cenário é muito parecido com a da primavera meteorológica do ano passado, durante o auge do El Niño, quando eventos extremos de chuva com enchentes atingiram o Rio Grande do Sul nos meses de setembro, outubro e novembro sob bloqueios atmosféricos associados a potentes ondas de calor no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil.

   A chuva que vai cair neste fim de abril e no começo de maio se somará ao que se já se precipitou neste fim de semana e nos últimos dias no Rio Grande do Sul, quando choveu muito e até excessivamente em algumas localidades. Ou seja, serão acumulados muito altos a extremos que se somarão a volumes já elevados ocorridos dias antes.

   O cenário de chuva indicado por modelos numéricos para esta semana é por demais preocupante com as simulações indicando acumulados entre 100% e 200% da média de chuva histórica de um mês todo nesta época do ano em apenas sete dias para grande número de localidades gaúchas. Os volumes indicados nas projeções são excessivamente altos a extremos.

   Os modelos indicam volumes acima de 100 mm em grande parte do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, mas com acumulados superiores a 200 mm em muitas áreas. Preocupa o indicativo em alguns pontos de volumes apenas nesta semana em algumas áreas de 200 mm a 300 mm, mas com marcas até superiores.

 

RIOS TRANSBORDARÃO E HAVERÁ ENCHENTES.

   Como já choveu muito e os indicativos são de que vai chover muito mais no estado, inevitavelmente haverá cheias de rios e enchentes. A tendência é que várias bacias (rios) devam atingir nesta primeira semana cotas de alerta e inundação no Rio Grande do Sul e em diversas regiões.

   O mapa abaixo mostra o mapa de risco do Global Flood Awareness System (GloFAS), o modelo hidrológico do Sistema Copernicus da União Europeia que integra dados de previsão de chuva do modelo europeu com hidrológicos. A projeção do GloFAS aponta que a grande maioria dos rios do Rio Grande do Sul tem risco alto (em vermelho) a extremo (púrpura) de inundações nos próximos dez dias.

 

   O risco de cheia dos Rio Taquari e Caí é alto, porém no curto prazo (sete a dez dias) a probabilidade de uma repetição de cheias tão graves como as de setembro ou novembro é remota a baixa. 

 

CHUVA EXTREMA TRARÁ INUNDAÇÕES E RISCOS GEOLÓGICOS.

   Diante do cenário que se apresenta de precipitação, apesar de variações em volumes e distribuição da chuva no pacote de modelagem numérica, é certo que haverá impactos para a população e, em alguns municípios, graves. A persistência da chuva por vários dias, além de cheias de rios, trará inundações e alagamentos. 

   Chuva com acumulados tão extremos como se prevê traz ainda riscos geológicos. Será muito alto o risco de deslizamentos de terra em áreas de encostas de morros. Devem ocorrer ainda quedas de barreiras que podem gerar bloqueios parciais ou totais de rodovias estaduais e federais. Algumas estradas, particularmente municipais e rurais, devem se tornar intransitáveis com prováveis trechos e pontilhões cobertos pela água. 

   Com a perspectiva de forte correnteza, trechos alagados devem se terminantemente evitados por motoristas sob perigo de acidentes fatais. Outra preocupação é que este episódio de chuva excessiva ocorre no momento em que se dá ainda a colheira da safra de verão, comprometendo as atividades dos agricultores e trazendo até prejuízos. Tantos dias seguidos de chuva e volumes tão altos devem trazer sérios problemas para o campo. Lavouras, inclusive, vão ficar debaixo d´água em diversos municípios.

Fonte(s): MetSul.
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