Câmara dos Deputados vota medida provisória que permite desestatização da Eletrobras.

Arthur Lira convocou sessão extraordinária nesta segunda-feira (21) para que deputados analisem emendas aprovadas por senadores.

Câmara dos Deputados vota medida provisória que permite desestatização da Eletrobras.
       A MP (medida provisória) que permite a desestatização da Eletrobras volta à Câmara nesta segunda-feira (21). O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), marcou sessão extraordinária às 15h, após o Senado aprovar na quinta-feira (17) a MP 1031/21. A proposta já havia sido aprovada pela Câmara no mês passado, mas como os senadores fizeram alterações no texto, ele retorna para análise dos deputados.
       A MP precisa ser aprovada até esta terça-feira (22), quando perde a validade. O texto viabiliza a desestatização da Eletrobras, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia que responde por 30% da energia gerada no País.
       O modelo de desestatização prevê a emissão de novas ações da Eletrobras, a serem vendidas no mercado sem a participação do governo, resultando na perda do controle acionário de voto mantido atualmente pela União.
       O texto aprovado na Câmara previa que o governo federal patrocinasse, pelos próximos 15 anos, a contratação de usinas termelétricas a gás natural em regiões do interior do País onde hoje não existe esse fornecimento. O Senado, no entanto, excluiu a regra que tornava esse processo uma condição para o processo de desestatização.
       As termelétricas deverão atender a estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os senadores incluíram áreas da região Sudeste hoje atendidas pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste e os Estados do Sudeste que são produtores de gás natural.

 

Energia mais cara.

 

      Os críticos ao texto defendiam que o novo modelo pode encarecer a energia, e o alto custo seria bancado pelos consumidores, pessoas físicas, empresas e indústria. Já os parlamentares favoráveis e o governo argumentam que o novo modelo pode levar a uma redução de 5% a 9% nas contas.
      No último parecer, o relator garantiu a redução do preço da energia após alterar ligeiramente questões relacionadas à construção compulsória de térmicas a gás, que eram os chamados “jabutis” da proposta.
       No novo documento foi mantida a previsão da contratação obrigatória de 6.000 MW de capacidade instalada de termelétricas a gás natural, mas incluindo Estados do Sudeste com produção de gás.
Fonte(s): O Sul.
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