O Conselho Comunitário da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Erechim realizou, no domingo (15), uma sessão solene em comemoração aos 15 anos da Instituição e em homenagem aos ex-presidentes do Conselho: Douglas Cenci, José Valerio Cavalli e Grasiele Berticelli, como forma de reconhecimento pela atuação e dedicação em prol da educação pública. A sessão fez parte da programação de aniversário da UFFS que ocorreu no mesmo dia.

Os três homenageados receberam placas e diplomas e relembraram momentos marcantes de suas experiências na presidência do Conselho. Os Conselhos Comunitários da UFFS são órgãos consultivos, vinculados aos respectivos campi. Têm por objetivo promover o diálogo e a integração com a comunidade regional e contribuir com o desenvolvimento de uma universidade popular, socialmente referendada.

Na solenidade, o diretor do campus, Luís Fernando Santos Corrêa da Silva, destacou a simbologia da homenagem realizada no aniversário da Instituição e, ainda, destacou alguns números significativos da UFFS.

- Estamos presentes em uma reunião do nosso Conselho Comunitário, homenageando representantes da sociedade civil. Sociedade civil essa que, em um determinado momento, se organiza, demanda do poder público a efetivação do direito à educação, mais particularmente da educação superior, e que, de fato, ao longo dos últimos 15 anos, tem transformado vidas, tem ajudado a construir trajetórias, tem produzido impactos os mais diversos aqui na nossa cidade e em toda a região do Alto Uruguai. Apenas no Campus Erechim já tivemos 2.200 pessoas diplomadas, em nível de graduação, pós-graduação e mestrado. Em breve teremos os primeiros diplomados também em nível de doutorado. Já foram desenvolvidos mais de mil projetos de pesquisa e de extensão só aqui no Campus Erechim. Além dos 11 cursos de graduação e dos nossos quatro mestrados, temos oferecido vários cursos de especialização – disse o diretor.

A vice-reitora Sandra Simone Ropner Pierozan ratificou a importância da data e, também, dos anos que antecederam a luta pela criação da Universidade.

- É um dia de muita felicidade. Felicidade por estarmos comemorando os 15 anos da UFFS, felicidade por estarmos com o Conselho Comunitário, que representa as forças de todos aqueles que lutaram para que essa universidade existisse, e estar homenageando os três primeiros presidentes desse Conselho aqui do Campus Erechim. Nossa UFFS é tão nova e ao mesmo tempo já tem muita força, força que a gente vê hoje, com a comunidade participando desse movimento. Que possamos olhar para o futuro sem esquecer daqueles cinco anos anteriores ao ato de criação dessa universidade, que talvez foram os anos mais difíceis, quando a UFFS ainda não tinha nascido, quando ela estava na expectativa e na esperança de todas as pessoas. Para todos aqueles que lutaram por ela, ela era um sonho, e hoje é realizado. Somos uma universidade de luta, uma universidade pujante e que tem muito ainda a deixar de contribuição para a região – destacou Sandra.

O reitor da UFFS, João Alfredo Braida, também esteve no Campus Erechim celebrando os homenageados e o aniversário da Instituição. Ele relembrou o início dos esforços pela criação da UFFS.

- Muitos trabalhadores e muitas trabalhadoras, especialmente das organizações vinculadas à agricultura familiar, passaram a sonhar com a ideia de ter uma universidade pública. Nossos três homenageados, além de representar a história do Conselho Comunitário do Campus Erechim, representam todas aquelas organizações e pessoas que se envolveram efetivamente, desde o final do século passado, na luta que culminou com a aprovação e promulgação da Lei de Criação da Universidade Federal da Fronteira Sul, em 15 de setembro de 2009. Que os movimentos que ajudaram a erigir essa universidade possam continuar opinando, ofertando possibilidades, sugestões de como essa universidade pode cada vez mais cumprir com o papel que sonhamos para ela – pontuou o reitor.

Para o atual presidente do Conselho Comunitário, Alcemir Antonio Bagnara, “a UFFS tem um compromisso muito grande, que precisaria de um reconhecimento muito maior da nossa sociedade”. Em seu pronunciamento, destacou:

- É possível fazer uma universidade diferenciada. Se não houvesse a participação social não estaríamos aqui, homenageando quatro ex-presidentes que fazem parte da participação popular, que ajuda a eleger a Direção, a Reitoria, e ajuda participando também no seu dia a dia. É possível sim fazer entidades com a participação popular diferenciada. Temos um conjunto de questões, olhando para o futuro da nossa universidade, que precisamos construir juntos. Mas é uma universidade muito nova, é uma adolescente quase jovem e que já tem feito muito mais do que aquilo que a gente imaginava poder fazer. A criação dos cursos, a construção dos prédios, tudo isso foi um processo bastante difícil no início. Tivemos muitos erros e muitos acertos. Temos que olhar para isso tudo. Precisamos consolidar essa universidade, torná-la muito mais conhecida. A Universidade precisa viver mais a região, mas ao mesmo tempo a região precisa viver mais a Universidade. Se conseguirmos avançar nesse processo, será algo riquíssimo – disse o presidente do Conselho Comunitário.