Dólar sobe 4,69% em abril, bolsa tem alta de 10,25% no mês.

Moeda encerrou o mês negociada a R$ 5,43.

Dólar sobe 4,69% em abril, bolsa tem alta de 10,25% no mês.
      Depois de três dias seguidos de trégua, o mercado financeiro voltou a enfrentar uma sessão de turbulências. O dólar voltou a fechar acima de R$ 5,40, e a bolsa de valores teve queda expressiva. O dólar comercial encerrou a quinta-feira vendido a R$ 5,438, com alta de R$ 0,083 (+1,55%). Na última quarta-feira, a moeda tinha fechado em R$ 5,355, no menor valor desde o dia 20. A divisa terminou abril com alta de 4,69% e acumula valorização de 35,51% em 2020.
      A moeda norte-americana operou alta durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 13h50, chegou a ser vendida acima de R$ 5,45. O Banco Central (BC) voltou a atuar no mercado, mas de maneira discreta. A autoridade monetária apenas rolou (renovou) contratos de swap cambial que venceriam em junho. Os swaps cambiais funcionam como venda de dólares no mercado futuro.

 

Bolsas:

 

      Depois de três dias de fortes altas, o índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), devolveu parte dos ganhos acumulados. O indicador fechou esta quinta aos 80.506 pontos, com recuo de 3,2%. Apesar da queda desta quinta-feira, o índice terminou abril com valorização de 10,25%. Em março, o Ibovespa tinha caído 29,91%. O Ibovespa seguiu os mercados externos, que caíram depois de dias seguidos de alta. Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com queda de 1,17%.
      Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades. No Brasil, os investidores refletiram o aumento do desemprego, que terminou o primeiro trimestre em 12,2%. O último dia útil do mês também pressionou a realização de lucros, quando os aplicadores vendem parte das ações que subiram nos últimos dias para embolsarem os ganhos.

 

Petróleo:

 

        Os preços internacionais do petróleo voltaram a se recuperar nesta quinta. Por volta das 18h, o barril do tipo Brent era vendido a US$ 25,27, com alta de 12,11%. Esse barril serve de referência para o mercado internacional de petróleo, sendo usado nas projeções da Petrobras. O bom desempenho do mercado internacional, no entanto, não se refletiu nas ações da Petrobras, as mais negociadas na bolsa. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) desvalorizaram-se 1,84% nesta quinta. Os papéis preferenciais (com prioridade na distribuição de dividendos) tiveram perda de 0,82%.
      A guerra de preços de petróleo começou há quase dois meses, quando Arábia Saudita e Rússia aumentaram a produção, mesmo com os preços em queda. Segundo a Petrobras, a extração do petróleo só é viável no longo prazo para cotações a partir de US$ 45. No curto prazo, a companhia pode extrair petróleo a US$ 19, no limite dos custos da empresa.
Fonte(s): Agência Brasil
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