O governo do Estado entregou a Licença Prévia emitida pela Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental) à empresa CB Bioenergia para a implantação de uma usina de etanol no município de Santiago. A unidade poderá produzir 10 milhões de litros de álcool etílico por ano a partir do beneficiamento de grãos.
O documento foi entregue pela secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, ao prefeito de Santiago, Tiago Görski, em ato no gabinete da Casa Civil, no Palácio Piratini, com a presença do secretário-chefe adjunto para Assuntos Administrativos e subchefe-geral da Casa Civil, Paulo Pereira, e do presidente da Fepam, Renato Chagas. A licença prevê a instalação de equipamentos e estruturas destinados à produção do biocombustível. O próximo passo será a solicitação da Licença de Instalação, para dar início às obras do complexo industrial.
“Esse projeto é algo novo no Rio Grande do Sul: a produção de etanol a partir de cereais. Além de etanol, será gerado um subproduto, que é uma pasta que pode ser utilizada na ração animal. Esse empreendimento vai mobilizar várias cadeias, gerando emprego e renda”, afirmou Marjorie. Por meio do Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul, o Estado concedeu ao projeto um aporte de R$ 35 milhões. O investimento total da CB Bioenergia para conclusão da obra chegará a R$ 75 milhões.
A produção utilizará como matéria-prima o trigo, a cevada, o centeio, o milho e o triticale e terá como público-alvo o mercado de aviação agrícola e de distribuição de combustível. A usina deve gerar cerca de 100 empregos diretos, além da mão-de-obra empregada na construção.
“Essa usina é muito importante porque vem industrializar a região, trazendo um novo ciclo produtivo. Outro fator determinante é a tecnologia 100% gaúcha: todos os equipamentos são produzidos aqui no Estado, fomentando e alavancando ainda mais a nossa economia”, disse Görski. A iniciativa visa ampliar a produção de etanol no Estado, reduzindo a dependência da cadeia produtiva de outros estados e aproveitando especialmente as culturas de inverno.
“O projeto atendeu a todas as condições para esta primeira fase de implantação. É um investimento em energia limpa. Serão utilizados cereais da própria região de Santiago e os resíduos também serão aproveitados. Além de fomentar a economia, é um projeto que representa ganhos do ponto de vista ambiental”, disse Chagas. A unidade industrial compreenderá ainda uma fábrica de ração animal para suínos, equinos e bovinos, produzida a partir de resíduos do processo fermentativo dos grãos.
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