O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, divulgou o “novo mapa” do país com a incorporação da região de Essequibo, na Guiana. Ele determinou que o mapa seja publicado e levado para escolas e universidades. Na terça-feira (5), Maduro propôs à Assembleia Nacional da Venezuela a criação de uma lei para a criação da província “Guiana Esequiba”, anexando o território que pertence à Guiana.
“Imediatamente, ordenei publicar e levar a todas as escolas, colégios, Conselhos Comunitários, estabelecimentos públicos, universidades e em todos os lares do país o novo mapa da Venezuela com a nossa Guiana Esequiba. Esse é o nosso querido mapa”, publicou Maduro nas redes sociais. A nova versão do mapa também já foi incluída em artes que ilustram órgãos governamentais da Venezuela.
Em pronunciamento, Maduro também anunciou que ordenou que a estatal petroleira venezuelana PDVSA conceda licenças para a exploração de petróleo e gás na região. As ações do presidente ocorreram após a realização de um referendo no país para a aprovação da incorporação de Essequibo à Venezuela. Segundo o governo venezuelano, 95% dos eleitores votaram a favor da medida.
Após os anúncios do governo venezuelano, o presidente da Guiana, Irfaan Ali, afirmou que o país vai acionar o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). “A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei”, afirmou. O território de Essequibo é disputado por Venezuela e Guiana há mais de um século. Desde o fim do século 19, a região está sob controle da Guiana. A área representa 70% do atual território do país, e lá moram 125 mil pessoas.
Na Venezuela, a área é chamada de Guiana Essequiba. É um local de mata densa e, em 2015, foi descoberto petróleo na região. Estima-se que na Guiana existam reservas de 11 bilhões de barris, sendo que a parte mais significativa é “offshore”, ou seja, no mar, perto de Essequibo. Por causa do petróleo, a Guiana é o país sul-americano que mais cresce nos últimos anos.
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