O primeiro caso confirmado de coronavírus em Passo Fundo ocorreu no dia 25 de março e desde então a pandemia transformou a vida dos passo-fundenses. Hoje a cidade já soma 4.909 casos confirmados, sendo que destes 4.403 estão curados. A cura se dá em casa, sozinha, ou através dos hospitais. Os dois principais hospitais locais, HSVP e HC, já salvaram mais de 1.200 moradores de Passo Fundo, mas, infelizmente, nesta terça-feira (18), com mais três óbitos, a cidade chegou a marca de 102 mortes decorrentes do vírus, todos moradores locais. O primeiro registro de morte foi feito no dia 9 de abril, quando dois óbitos de moradores locais ocorreram. Desde então, tanto os óbitos quanto os novos casos tiveram uma escalada, ganhando força especialmente a partir de maio e se intensificando em junho e julho.
Para se ter uma ideia, no dia 1° de maio a cidade tinha 13 mortos pela doença. Já no dia 31 de maio este número era de 32 mortes. O mês de julho, até agora, foi o que registrou mais mortes, tendo um total de 31 novos óbitos envolvendo moradores locais. Agosto ainda está em curso, mas até o momento soma 27 novas mortes. Os óbitos envolvem predominantemente pessoas idosas e com comorbidades, mas há casos de jovens, como um rapaz de apenas 20 anos, com comorbidades, que também perdeu a vida pelo vírus. Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que a faixa etária com maior número de casos é a de 30 a 39 anos, enquanto as mulheres representam 41% das contaminações e os homens 59%.
Dentre os sintomas mais registrados, a tosse esteve presente em 43% dos casos, evidenciando que o vírus ataca de forma agressiva o sistema respiratório. Ainda conforme a Secretaria Municipal de Saúde, 81% dos contaminados não possuíam comorbidades. Porém, 82% dos hospitalizados apresentaram comorbidades, sendo a mais frequente problemas cardiovasculares e também diabetes. Passo Fundo tem 53 leitos de UTI para coronavírus e 146 clínicos. Até a tarde desta terça-feira (18), 46 dos leitos de UTI estavam ocupados e 76 pacientes estavam internados em leitos clínicos. Os dados sugerem que houve um momento muito forte da pandemia em julho, enquanto agosto está se mantendo e um nível muito parecido, porém ainda sem grande sinal de aumento ou significativa redução das contaminações.
Fonte(s): Rádio Uirapuru.
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